MULHERES IRMANADAS

Em função da semana em que se comemora mais um Dia Internacional da Mulher, fui intimada a tecer alguns comentários…
Honro todas as Mulheres que me antecederam… Independente dos desafios enfrentados, da área de atuação e de como se expressaram, se no seio de suas famílias ou em pleno domínio público…
Minhas contemporâneas, espelhos que me permitem dosar passos e ajustar ritmos… Amigas-irmãs… Companheiras de caminhada… Passantes na brevidade do tempo, onde se pousa olhares, se troca sorrisos e se tece pensamentos…
A todas vocês… MUITO OBRIGADA! Nós somos, hoje, amálgamas do ontem, prenhas do amanhã…
Tal qual matilha, precisamos aprender a correr e descansar juntas, na presença da raiz comum que a toda natureza nutri. Sim! Para isso é preciso romper com correntes, visíveis e invisíveis…
Inquestionáveis conquistas facilitam nossa trajetória. Mas é inegável o quanto ainda precisamos, não só soltar e ampliar a voz, como internalizar e irradiar as mudanças de comportamento imbricadas nesta nova postura…
Nós mesmas e nosso entorno clamamos por um traçado de rotas mais inclusivas e generosas, que respeitem a sinuosidade cíclica e espiralada da vida…
Não somos perfeitas, tampouco precisamos ou queremos ser… Somos quem somos, com a força do coração que pulsa em nosso peito e da mente que descortina novas realidades…
Mulheres irmanadas, vestidas de ancestralidade: serpenteiam, encantam, preservam e revolucionam… Fluem com a vida através dos tempos… Buscam somar, ainda que em meio a rupturas…
Somos essas MULHERES, seres enigmáticos… Boa parte do tempo e em certa medida, (enigma) inclusive para nós mesmas…